Sea-ing pela paisagem humana e igual liberdade. As relações socioculturais-ecológicas na educação matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54541/reviem.v3i2.83

Palavras-chave:

Perspetiva da Deslocação da Sea-ing, Paisagem Humana, Liberdade Igualitária, Relações Matemáticas Humanas, Contra-colonização do Conhecimento Matemático

Resumo

Existem movimentos de baixo para cima imbuídos de diferentes práxis na educação matemática, que promovem a combinação de valores heterogêneos – inseridos na participação social, na diversidade cultural e na reconexão com a Pachamama. Tais movimentos têm sido desenvolvidos por coletivos de pensadores constituídos por membros com os mais diversos saberes. Inseridos em uma resistência contra-colonizadora por uma persistência da horizontalidade no processo educacional, este artigo visa dialogar em torno de conexões socioculturais-ecológicas vivenciadas em processos de etnografia crítica desenvolvidos na educação matemática comunitária de movimentos ascendentes no Brasil e em Portugal. O objetivo é promover um percurso no qual uma antiga necessidade de compartilhar a ontologia topológica humana construída e reconstruída em cinco diferentes campos etnográficos, em que tanto as paisagens humanas quanto a igual liberdade, sea-ing em linhas indissociáveis, evidenciaram a opressão da escolarização do conhecimento matemático sobre as relações socioculturais-ecológicas humanas. Tal movimento sea-ing é proposto como um caminho alternativo para desmistificar, resinificar, ou apenas complementar, a forma como o ser humano se percebe em seu entorno e traz para os mais diversos processos de educação matemática – formal_informal_não formal, a importância da situacionalidade do educando bem como a relevância da justiça intelectual para sociedades igualitárias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mônica Mesquita, Universidade NOVA de Lisboa

Ph.D. in Educational Sciences from Universidade NOVA de Lisboa (UNL). Lead Researcher (Departamento de Ciências e Engenharia Ambiental) at Universidade NOVA de Lisboa, Lisboa, Portugal. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5912-6829. E-mail: [email protected]

Referências

Balibar, E. (2011). Politics and the Other Scene. Verso.

Betto, F. (2006). A mosca azul: reflexões do poder. Rocco.

Bishop, A. J. (1990). Western mathematics: the secret weapon of cultural imperialism. Race and Class, 32(2), 51-55. https://doi.org/10.1177/030639689003200204

Bishop, A. J. (1999). Enculturación matemática: la educación matemática desde una perspectiva cultural. Paidós.

Boff, L. (2002). A águia e a galinha – Uma metáfora da condição humana (39.a ed.). Editora Vozes.

Borda, O. F. (2022). Por la praxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformarla. Espacio Abierto, 31(1), 193-221.

Bosco, J., & Blanc, A. (1976). O ronco da Cuica. In Galos de Briga [Audio recording]. RCA Records.

Bourdieu, P. (1980). Le sens pratique. Le edition des Minuit.

Bruner, J. (1985). Actual minds, possible worlds. Harvard University Press. https://doi.org/10.4159/9780674029019

Cardozo, I. (2011). (Ed.). Etnozoneamento paiterey garah: terra indígena sete de setembro. Kanindé – Associação de Defesa Etnoambiental.

D’Ambrosio, U. (2002). Etnomatemática – Elo entre as tradições e a modernidade (2.a ed.). Autêntica.

D’Ambrosio, U. (2014). À guisa do prefácio. In Fronteiras Urbanas. Ensaio sobre a humanização do espaço. Anonymage / Lisboa: Universidade de Lisboa.

Demaria, F., Schneider, F., Sekulova, F., & Martinez-Alier, J. (2013). What is Degrowth? From an activist slogan to a social movement. Environmental Values, 22(2), 191-215. https://doi.org/10.3197/096327113X13581561725194

Durkheim, E. (1995) Formes élémentaries de la vie religieuse. Free Press.

Franco, S. (2012). A diversidade dialogante num processo educativo indígena. Observações num curso de etnomatemática [master’s thesis, University of Lisbon]. Repository of the University of Lisbon. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/8118

Franco, S. (2022). Environmental communitarian education. Collaborative actions to an integral sustainable coastal development [doctoral dissertation, University of Lisbon]. Repository of the University of Lisbon. http://hdl.handle.net/10362/149950

Freire, P. (1970). Pedagogia do oprimido. Paz e Terra.

Freire, P. (1993). Prefácio à edição brasileira. In: Snyders, Georges. Alunos felizes. Paz e Terra, pp. 9-10.

Geertz, C. (1978). A interpretação das culturas. Zahar Editors.

Harley, J. (1989). Deconstructing the map. Cartographica, 26(2), 1-20. https://doi.org/10.3138/E635-7827-1757-9T53

Harvey, D. (1989). The condition of postmodernity. Oxford University Press.

Ingold, T. (2011). Being alive: essays on movement, knowledge and description. Routledge.

Ingold, T. (2022). On not knowing and paying attention: how to walk in a possible world. Irish Journal of Sociology, 31(1), 20-36. https://doi.org/10.1177/07916035221088546

Keesing, F. (1961). Antropologia cultural. A ciência dos costumes (vol. 4). Editora Fundo de Cultura.

Kothari, A., Salleh, A., Escobar, A., Demaria, F., & Acosta A. (2019). (Eds.). Pluriverse. A post-development dictionary. Tulika Books.

Krenak, A. (2022). Futuro ancestral. Companhia das Letras.

Lacan, J. (1991). O Seminário livro XVII, o avesso da psicanálise. Jorge Zahar Editor.

Laraya, R. (2001). Cultura: um conceito antropológico (14.a ed.). Jorge Zahar Editor.

Lewin, K. (1946). Action research and minority problems. In G. W. Lewin (Ed.), Resolving social conflicts, selected papers on group dynamic (pp. 143-152). American Psychological Association. https://doi.org/10.1037/10269-013

Libanio, J. (1979). Formação da consciência crítica: Subsídios sócio-analíticos (vol. 2). Vozes.

Mauss, M. (2003). Sociologia e antropologia. Cosac e Nayfi.

Mead, G. (1967). Mind, self, and society: from the standpoint of a social behaviorist. University of Chicago Press. https://doi.org/10.7208/chicago/9780226516608.001.0001

Meadows, D., Meadows, D., Randers, J., & Behrens, W. (1972). The limits to growth. A report for club of Rome’s project on the predicament of mankind. Universe Book. https://doi.org/10.1349/ddlp.1

Mesquita, M. (2008). Children, space, and the urban street: an ethnomathematics posture [doctoral dissertation, NOVA University of Lisbon]. Repository of the NOVA University of Lisbon. https://run.unl.pt/bitstream/10362/2301/1/Mesquita_2008.pdf

Mesquita, M. (2016). The ethnomathematics posture as a political blow: unveiling the mysticism of five rhythms present in communitarian mathematics education. International Journal for Research in Mathematics Education, 6(1), 92-111.

Mesquita, M., Pais, A., & François, K. (2014). Communitarian Mathematics Education. Walking into boundaries. Em Teia | Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, 5(1). https://doi.org/10.36397/emteia.v5i1.2211

Mesquita, M., Restivo, S., & D’Ambrosio, U. (2011). Asphalt children and city streets – A life, a city, and a case study of history, culture, and Ethnomathematics in São Paulo. Sense Publisher. https://doi.org/10.1007/978-94-6091-633-5

Mills, W. (1959). The sociological imagination. Oxford University Press. https://doi.org/10.2307/1891592

Restivo, S. (1983). The social relations of physics, mysticism, and mathematics. Serie Epsteme. D. Reidel Publishing Company. https://doi.org/10.1007/978-94-009-7058-8

Rockström, J., Steffen, W., Noone, K., Persson, A., Chapin, F. S., Lambin, E. F., Lenton, T. M., Scheffer, M., Folke, C., Schellnhuber, H. J., Nykvist, B., De Wit, C. A., Hughes, T., van der Leeuw, S., Rodhe, H., Sörlin, S., Snyder, P. K., Costanza, R., Svedin, U., … & Foley, J. A. (2009). Planetary boundaries: exploring the safe operating space for humanity. Ecology and Society, 14(2), 32. https://doi.org/10.5751/ES-03180-140232

Sá-Chaves, I. (2011). Formação, conhecimento e supervisão: contributos nas áreas da formação de professores e de outros profissionais (3.a ed.). Universidade de Aveiro.

Santos, A. (2015). Colonização, quilombos. Modos e significados. INCTI/Um.B.

Seemann, J. (2013). Mapas, mapeamentos e a cartografia da realidade. Revista Geografares, 4, 49-60.

Spengler, O. (1991). The decline of the west. Oxford University Press.

Surui, G. (2018). A educação indígena na educação escolar indígena por meio de projetos [máster thesis, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro]. Repository of the UFRRJ. https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/4767

Tchékhov, A. (2011). Contos. Relógio D’Água Editores.

Thomas, J. (1993). Doing critical Ethnography. Sage Publishing. https://doi.org/10.4135/9781412983945

Tylor, E. B. (1883). Primitive culture; research into the development of mythology, philosophy, religion, language, art and customs. Holt.

Žižek, S. (1992). Looking awry: an introduction to Jacques Lacan through popular culture. MIT Press.

Žižek, S. (2008). Violência. Relógio D’Água Editores.

Downloads

Publicado

2023-07-10

Como Citar

Mesquita, M. (2023). Sea-ing pela paisagem humana e igual liberdade. As relações socioculturais-ecológicas na educação matemática. Revista Venezolana De Investigación En Educación Matemática, 3(2), e202310. https://doi.org/10.54541/reviem.v3i2.83